Em virtude do anúncio da Sanepar de início das obras de ampliação do sistema de distribuição de água tratada, e coleta e tratamento de esgotos sanitários em Prudentópolis para meados de maio, o Vereador Júlio César Makuch, Presidente da Câmara Municipal de Prudentópolis, editou a Portaria de número 013/2013, a qual reativa a Comissão Especial Mista que trata do assunto. Na legislatura anterior, ela havia sido criada através da Portaria número 007/2009, editada pelo então Presidente da Câmara Municipal, Vereador Canderói Mainardes Filho, para analisar, na época,  toda a questão da distribuição de água tratada e coleta de esgotos sanitários, além das constantes interrupções no fornecimento, verificadas no município. Makuch, que era um dos integrantes, indicou para fazer a composição atual, os Vereadores Marcos Roberto Lachovicz (PPS) e Luciano Marcos Antonio (PMDB), além do Secretário Municipal do Meio Ambiente Marcelo Charnei, do Chefe da Vigilância Sanitária Osni Miguel Luis, e da Assessora Legislativa Ayra Grande de Moura Cordeiro. Além da preocupação com as constantes queixas dos cidadãos sobre o problema, que persiste em muitas regiões da cidade, durante o período de calor, serão analisados todos os trabalhos de visitas e coletas de dados a respeito do assunto onde constam todos os detalhes sobre os problemas e situação existente.
Os trabalhos da comissão, nesta nova etapa, se iniciam com reunião para traçar um cronograma de atividades, bem como analisar o quadro existente. Ainda, um apanhado de tudo o que foi realizado na vistoria anterior, onde ainda faltam as análises da qualidade da água lançada pelas estações de tratamento de esgotos, nos rios, que devem ser enviadas agora. Na etapa anterior, foram realizadas reuniões com as gerências local e regional da Sanepar, além de visitas à Estação de Tratamento de Água, Estação de Tratamento de Esgotos Matadouro e Papuã, Emissário de Esgotos no Rio dos Patos, Elevatórias Vila Iguaçu, Pousinhos e Estação de Captação de Linha Inspetor Carvalho. Todo o trabalho foi novamente fotografado e os dados de 2009 foram avaliados com a situação atual, para observar o índice de investimentos e serviços realizados pela companhia, para amenizar a situação dos consumidores. Com relação a rede coletora de esgotos sanitários, a gerência da Sanepar informou que com as recentes obras de extensão de rede, em parceria com a prefeitura, a cobertura de rede chega a 79 por cento das ligações existentes, que chegam a oito mil em todo o quadro urbano. A partir das obras, foram atendidas as regiões de Vila Das Flores, Iguaçu e Maringá, que apresentavam problemas de esgoto a céu aberto. Foram 400 ligações previstas nesta etapa de ampliação, desde o final de 2012 até início de 2013.
Conforme a comissão anterior apurou junto às gerências da companhia, com relação ao abastecimento de água tratada, ao longo do tempo, houve uma carência em investimentos no setor de captação, abastecimento e distribuição, que acabou por gerar o colapso do sistema. Assim, as medidas que aconteceram até agora foram meramente emergenciais e não supriram a demanda existente. Entre 2009 e 2010 houve o período crítico, quando se instalou uma estação de tratamento metálica, para aumentar o volume de água disponível, mas que não normalizou a situação, principalmente em períodos quentes. Agora, esta nova obra prevista, cujo trabalho deve ser realizado pela empresa Martins, vencedora da licitação, o investimento será de longo prazo, que deve suprir a demanda por mais vinte anos. O Setor de Engenharia e Projetos da companhia estipulou a obra em 4,2 milhões de reais. O projeto envolve uma nova captação, linhas de adução, mais um módulo de tratamento, redes de reforço de adução, rede de reforço para região alta da cidade, bombeamento novo para região alta, além de reforma em escritórios e almoxarifado. Será erguido um novo reservatório com um milhão de litros na Rua Domingos Luis, próximo da Escola Nosso Futuro, que fornecerá água para toda a região alta da cidade, enquanto o atual sistema abastecerá as demais regiões. Uma das atribuições da comissão é acompanhar também esta etapa da implantação. 
Para a Sanepar, alguns pontos chamam a atenção para essa constante escassez do abastecimento. Um deles, é a falta de caixas de água para reserva domiciliar das casas situadas nessas regiões. Pesquisa feita por amostragem em dez por cento das economias domiciliares, indica que 67% delas não possui qualquer sistema de reserva, ou caixa d’água. Dessa forma, qualquer pane no sistema ou elevação do consumo, faz com que muitas pessoas fiquem sem qualquer fornecimento por um ou dois dias. Isso se verifica com maior frequência nos dias de calor intenso e entre sexta-feira e sábado, onde a maioria das pessoas permanece por mais tempo no lar e efetua serviços de limpeza e lavagens de roupa. Tomando-se por base a média de consumo de uma casa em nossa cidade, de doze metros cúbicos, ou doze mil litros/mês, equivalente a 300 ou 400 litros/dia, se o morador investisse num reservatório de 500 litros, que é considerado pequeno, com uso racionado, teria água por até dois dias, o que equilibraria a situação. Outro fator que antecipou o estrangulamento do sistema de abastecimento foi o grande aumento de residências construídas nos últimos anos no quadro urbano. Para se ter ideia,  há sete anos, tínhamos em torno de cinco mil ligações. Hoje já são mais de oito mil, o que comprometeu o abastecimento. A reservação atual do sistema da Sanepar envolve dois reservatórios, um elevado de 150 mil litros e outro enterrado de 300 mil litros, totalizando 450 mil litros. Hoje, a parte alta da cidade é abastecida por bombas que jogam entre 1300 a 1400 metros cúbicos, com o sistema trabalhando até 22 horas por dia para suprir todo o consumo, e mesmo assim há escassez.