Uma reunião realizada ao final da tarde desta terça-feira, 25, no Plenário da Câmara Municipal de Prudentópolis, reunindo diversos representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Departamento de Fiscalização, e da Administração, com os Vereadores, discutiu a questão preocupante que vem se verificando em Prudentópolis, com alto índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da Dengue, Febre Chikungunya, e Zika Vírus, que já alcança a faixa de 5,2%, com alto risco de epidemia. A partir da discussão do tema pela Comissão Permanente de Saúde, Educação e Assistência Social da câmara, composta pelos Vereadores Anderson Lemos e Áudio Charachouski e Vereadora Soraia Bubniak, com representantes da Vigilância em Saúde, foi marcada esta nova discussão entre os demais legisladores e os servidores municipais, representados por Luiz Carlos Mendes Júnior, Secretário Municipal de Saúde; Eli Correa Fernandes, Secretário Municipal de Administração; Maira Falkoski, Chefe da Vigilância Sanitária; Marcelo Mazurechen, Chefe da Vigilância em Saúde; Rubens Compoy, do Departamento de Vigilância em Saúde e Setor Ambiental; Rosicleia Neves, da equipe técnica da vigilância; e Hilário Witchemichen Filho, do Departamento de Fiscalização.

A Vereadora Soraia ao se pronunciar sobre a questão, destacou que há necessidade de uma ação conjunta de todos os segmentos da comunidade, para evitar a proliferação do mosquito e risco de epidemia generalizada, a exemplo do que ocorreu há algum tempo em Paranaguá. “Estamos com índices de infestação semelhantes ao de Paranaguá, bastando apenas que uma pessoa infectada esteja presente para a epidemia acontecer”, destacou a vereadora Soraia. Assim, há de se promover ações de fiscalização e combate ao mosquito em todas as regiões da cidade e em locais que possam propiciar a criação das larvas. Uma das preocupações é com relação ao lixo em terrenos baldios, pela falta de fiscalização pela prefeitura visando a limpeza dos mesmos, haja vista que existe legislação municipal que pune infratores. Ao mesmo tempo, observou que a própria prefeitura tem de tomar providências urgentes com relação ao parque de máquinas, onde inúmeros veículos e equipamentos sucatas, estão servindo como criadouro do mosquito e precisam ser removidos. “Se a prefeitura não dá exemplo, como podemos fiscalizar e punir outros ferros velhos, oficinas, empresas e donos de imóveis que estão em situação semelhante”, observou a vereadora.

Rubens Compoy, da Vigilância em Saúde e que coordena o programa da dengue há mais de vinte anos fez um apanhado da situação e destacou que um dos principais entraves vividos atualmente se relaciona a falta de pessoal, haja vista que dos dezesseis agentes necessários para abranger os mais de treze mil imóveis urbanos, sendo na faixa de 800 a 1000 imóveis para cada agente, existem trabalhando apenas onze atualmente. “Nosso principal problema está na descontinuidade da equipe de trabalho, que se altera a cada ano, com os novos membros tendo de ser treinados novamente”, destacou Compoy. Ações de envolvimento da comunidade estão sendo feitas continuamente, como o dia de combate realizado no início do mês, com participação de segmentos da sociedade em geral participando em toda a cidade, o que resultou em muita retirada de lixo e acúmulo de água parada em vários setores locais. Outra preocupação que foi verificada, e que também exige ação da municipalidade, é com relação à rede de águas pluviais, onde as bocas de lobo apresentam entupimento ou “gamelas” na sua estrutura, que geram formação de água parada e ambiente propício ao mosquito, necessitando de ampla obra de reparação.

Ao final do encontro, ficou estabelecido que ações mais constantes e de fiscalização devem acontecer, com vistas a reduzir esse índice preocupante de infestação, envolvendo todos os setores públicos e da comunidade.