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PROFESSORA E AGROPECUARISTA SÃO HOMENAGEADOS
 
17/11/2021
Fonte: assessoria

Dois projetos de leis aprovados pela Câmara Municipal de Prudentópolis foram aprovados em segundo e último turno, em sessão legislativa de terça-feira, 16/11, sendo um de autoria do Vereador Lucas Sanches e outro de autoria do Poder Executivo Municipal, os quais homenageiam pessoas que tiveram participação importante na vida prudentopolitana, eternizando seus nomes em espaços públicos de nossa cidade. A Professora Municipal Ladomira Uhren Boiko, vai nominar via pública de um novo loteamento localizado na região de Barro Preto, onde passou maior parte de sua vida, e onde residem maior parte de seus familiares. Já o Executivo Municipal propôs homenagem ao agropecuarista e líder sindical Alberto Roth, que vai identificar o novo Condomínio do Idoso de Prudentópolis, em fase de conclusão, localizado no Bairro Pousinhos.  

 

ALBERTO ROTH

 

Alberto Roth, nasceu em Prudentópolis, na Linha Ronda em 28/02/1936, filho de Adolfo e Alvina Roth, aos 36 anos casou-se  com Izabel Szuber Roth, com quem teve seis filhos: Luiz Alberto (falecido), Sueli Izabel, Elisangela, William, Mariliane e Liliane Maria. Agricultor, sempre esteve a par das lutas dos agricultores do Município, sendo presidente do Sindicato Rural de Prudentópolis de 1983 a 1992, sócio fundador da Cooperativa Agrícola Mista de Prudentópolis, e sócio fundador da rádio FM Copas Verdes. Tornou-se empresário no ramo da erva mate, onde atuou até a sua morte. Sempre teve sua vida direcionada a ações sociais e que buscavam o bem comum da sociedade prudentopolitana, presidindo o  Asilo São Vicente de Paulo de 1986 até 1991, sendo vice-presidente em 1992, e participou por vários anos da diretoria do asilo, fazendo parte do conselho deliberativo de 1995 até 2004.

 

LADOMIRA UHREN BOIKO

 

LADOMIRA UHRYN BOIKO nasceu em 1º. de abril de 1940. Filha de Estefano e Maria Uhryn. Natural da comunidade de Jesuíno Marcondes, perdeu sua mãe ainda quando era muito criança. Filha de uma família numerosa e humilde, teve sempre sua vivencia pautada na religiosidade e na fé, passada por seus pais.  Como a maioria das pessoas, e diante do falecimento de sua mãe, teve uma vida de muitos sacrifícios. Apesar da pouca idade, veio até a cidade de Prudentópolis, onde estudava e trabalhava, assumindo na casa em que parava, praticamente todos os trabalhos de uma dona de casa.

Prosseguindo seus estudos, conseguiu concluir a Normal (hoje ensino médio). Era uma excelente prenda doméstica. Além da saborosa comida que preparava, sabia  também bordar, tricotar, costurar e tinha muita facilidade para desenhar. Fez questão de tricotar e presentear como lembrança para cada uma de suas noras e a filha, uma linda colcha de crochê.

 

Com muito esforço pessoal, conseguiu dar início na atividade escolar como professora. Iniciou lecionando na Escola Municipal de Linha São Pedro como professora auxiliar, trabalhando vários meses sem nenhuma remuneração.  Conseguiu a nomeação como professora estadual, graças ao apoio do então prefeito de Prudentópolis, Kurt Gustavo Schlumberger, de saudosa memória, do qual sempre fazia questão de lembrar.

Para a escola de Linha São Pedro, ia dar aula de bicicleta, e quando chovia, ia a pé, de uma distância de 05 quilômetros, pois morava com seu esposo em Linha Queimadas, em um humilde paiol de madeira, chão batido, coberto com tabuinhas, iluminado por um lampião a querosene, local onde começou sua vida a dois. Eram tempos de enormes dificuldades, que iam desde a falta de recursos econômicos, até a falta de um vestuário e alimentação adequadas. Apesar disso, nunca desistiram. Encararam de frente todas estas adversidades, jamais tendo vergonha de suas origens humildes. Casou-se com Theodózio Boiko em 09 de julho de 1960, e teve cinco filhos: Benedito Antônio, Marcos Antônio, Antônio Carlos, Márcio Antônio e Ana Maria. A denominação dos filhos de “Antônio” veio devido a fé profunda em Santo Antônio e Ana Maria devido a junção dos nomes das avós paterna e materna. A todos ensinou desde pequenos, que o trabalho e a honestidade dignificam o ser humano. Lutou e incentivou que todos os filhos tivessem o estudo além do que ela teve. E conseguiu. Formou um filho em Bacharel em Administração, em Guarapuava; outro em Bacharel em Ciências Contábeis, em Guarapuava; outro Bacharel em Ciências Contábeis, em Irati; outro em Bacharel com Pós-Graduação em Geografia, em Guarapuava; e a filha, Bacharel em Administração e Análise de Sistemas, em Ponta Grossa, e posteriormente, Bacharel em Direito, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro.

Passados alguns anos, mudou seu local de trabalho para o Colégio Santa Sofia. Neste estabelecimento de ensino, por longos anos, lecionou sempre para o primeiro ano. Gostava e tinha o dom de alfabetizar os pequeninos. Com suas mãos, ensinou inúmeras crianças a empunharem um lápis e fazerem seus primeiros rabiscos, para num futuro se transformarem em advogados, médicos, sacerdotes, religiosas, professores, empresários, políticos e sobretudo, cidadãos de bem, inclusive dois prefeitos que já administraram nossa cidade foram alfabetizados por ela. Na sua vida pessoal, primava pela organização e planejamento. Tudo que fazia era minuciosamente planejado. Tinha total controle daquilo que administrava. Extremamente religiosa, criou e educou seus filhos na fé. Perseverante, jamais se queixou de nada. Mesmo quando adoeceu, suportou tudo calada. Mesmo que seu semblante demonstrasse dor e sofrimento, sempre dizia a quem quer que perguntasse, que estava bem.
 
Quando casou-se com  Theodózio, sua sogra a adotou como se fosse sua        
própria filha, tanto era seu carinho que tinha pela mesma. Tanto que quando adoeceu ficando acamada por vários anos, a nora a cuidou por longo período. Sua sogra veio a falecer em seus braços.  Este carinho mutuo que existia entre ela e sua sogra, Ana Fialka Boiko, transferiu-se para suas noras e genro, como se fossem seus próprios filhos.

 

Gostava muito de flores. No dia de finados ou quando havia algum velório, mesmo que fosse de pessoa desconhecida, ia até seu jardim e doava todas as flores e rosas que lá existissem. Coincidentemente, faleceu no dia 21 para 22 de setembro, início da abertura da estação da primavera, época em que a vida se renova. Tempo em que as flores desabrocham e o verde renasce, rebrotando a natureza, dando a ela um colorido todo especial, que demonstra a grandiosidade da obra de Deus.

“Dona Merca” como era carinhosamente conhecida e chamada, era uma mãe coruja. Tudo fazia por seus filhos, independente do grau de sacrifício que lhe era imposto. Com a vinda dos netos, dava a eles um tratamento como se fossem seus filhos, tamanho era o carinho e a preocupação que por eles tinha.

Em sua vida cultivou muitas amizades, seja ela com familiares, com vizinhos ou por quem a ela dirigisse uma palavra. Apesar de lutar pela vida, superando todas as expectativas médicas quando adoeceu, nunca demonstrou medo da morte. Muito pelo contrário, sempre esteve preparada, tanto no plano material como no espiritual. Ao lado de seu esposo Theodózio, construiu um lar  iniciando do nada, e que ofereceu aos seus filhos, condições de uma criação confortável, certamente muito melhor daquela que tiveram em sua infância e juventude.  Faleceu no dia 21 de setembro de 2001, aos 61 anos de idade.  Está sepultada no jazigo da família no Cemitério São Josafat.   

 

 

 
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