Um movimento regional está buscando junto ao Ministério da Previdência Social, a volta da delegação de poderes à Agência do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS – da cidade de Guarapuava,  para que a mesma tenha autonomia na homologação de perícias médicas, realizadas pelos profissionais peritos do Instituto. A questão vem tomando corpo a partir das inúmeras queixas encaminhadas pelos segurados que buscam os serviços do órgão, desde que houve uma reformulação no sistema de atendimento para benefícios de aposentadorias por invalidez, acidentes, incapacidade e auxílios médicos. Todo esse atendimento, após essa mudança no sistema de coordenação das agências, vem sendo feito pela Regional de Ponta Grossa, que está atendendo desde municípios da região do Norte Pioneiro, como Santo Antonio da Platina, até o Centro-Oeste, como é o caso de Quedas do Iguaçu. Assim, quando necessitar de atendimentos desse gênero, os segurados precisam se deslocar até Ponta Grossa, agendando a perícia. Como o número de atendimentos e movimento tem sido grande, há de se esperar e viajar por várias vezes para concluir a homologação. Conforme o município, tem de se percorrer duzentos quilômetros apenas para ir à agência. Em casos de pessoas enfermas, acidentadas, ou com saúde debilitada, o transtorno é ainda maior, aliando-se a isso a própria condição financeira para o deslocamento, com gastos em transporte, alimentação e até estadia, em não se resolvendo a questão no mesmo dia.
 Para pleitear a volta da delegação de poderes aos peritos do INSS, com perícias sendo realizadas na própria agência de Guarapuava, um movimento está sendo idealizado por lideranças regionais. A partir de Ofícios encaminhados anteriormente a senadores, deputados federais e estaduais, e audiências mantidas com vários representantes do setor, na Capital do Estado, coordenados pelo Vereador Pedro Denczuk Filho e lideranças locais, agora, as Câmaras Municipais de Prudentópolis, Guarapuava e Guamiranga, dentre outras, aprovaram e estão enviando ao Ministro da Previdência Social, José Barroso Pimentel, atos legislativados pleiteando o restabelecimento da situação anterior, com Guarapuava tendo autonomia para esse fim. Prudentópolis já aprovou na sessão legislativa de 16/11/2009, Moção de Reivindicação, assinada por todos os Vereadores, encaminhada ao Ministro da Previdência, onde expõe toda essa questão e solicita a volta do atendimento e homologação em Guarapuava, o que diminuiria o entrave aos segurados de nossa região. Ofícios encaminhados às autoridades federais foram encaminhados anteriormente, que tem o seguinte teor:

     EXCELENTÍSSIMO SENHOR:

    O atendimento a beneficiários do INSS nas regiões Centro-Oeste e Centro-Sul do Paraná, está gerando inúmeros transtornos e complicações, pela centralização dos serviços apenas na Gerência Executiva do INSS em Ponta Grossa. Há pouco tempo, todas as homologações das decisões sobre os benefícios por incapacidade, ou  seja, a resolução das aposentadorias por invalidez e as perícias com revisão em dois anos, somente serão efetuadas por médicos de Ponta Grossa, chegando até a seis meses o período para análise das mesmas. Os pacientes não chegam a ser examinados na sede da Gerência, ocorrendo apenas a verificação de perícias no sistema. Houve casos de pacientes cuja aposentadoria foi homologada já depois de mortos, enquanto outros são chamados para exames físicos. Também há casos de exigências de vários exames e provas de internamento hospitalar, os quais são enviados por malote e, em sua maioria, negados, originando um enorme número de ações judiciais na Justiça Federal de Guarapuava.
Para se ter idéia, a Gerência de Ponta grossa está atendendo a dez agências: Ibaiti(Norte Velho), Jaguariaíva, Telêmaco Borba, Castro, Irati, União da Vitória(Sul), Pitanga(Centro), Guarapuava, Laranjeiras do Sul(Centro Oeste), além da própria Agência de Ponta Grossa. Dessa forma, há uma forte movimentação no sentido de que se pleiteie a criação de uma nova Gerência Executiva do INSS em Guarapuava, cidade com 180 mil habitantes, a qual poderia centralizar o atendimento de Prudentópolis, com 50 mil habitantes; Pinhão com 30 mil habitantes; Candói, com 17 mil habitantes; Goioxim, com 8,5 mil habitantes; Turvo, com 15 mil habitantes e Campina do Simão, com 6 mil habitantes. Poderiam ainda ser abrangidos os municípios de Reserva do Iguaçu, Cantagalo, Foz do Jordão, Pitanga, Palmital, Laranjal, Santa Maria do Oeste, Boa Ventura do São Roque, Virmond, Rio Bonito do Iguaçu, Porto Barreiro, Nova Laranjeiras, Espigão Alto do Iguaçu, Marquinho e Quedas do Iguaçu e Mato Rico, com uma população estimada em quase 250 mil habitantes.
Dessa forma, como centralizou-se tudo em Ponta Grossa, está instalado um verdadeiro caos aos que necessitam de benefícios do INSS, geralmente pessoas enfermas, idosos, gestantes, muitas vezes com situação financeira delicada e que precisam se deslocam nessa distância imensa, por várias vezes, para pleitear o seu direito legal. Assim sendo, somente com movimentação política é que se pode desmembrar as gerências, com criação da unidade em Guarapuava, para atender a região citada.