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GOVERNADOR PESSUTI PARTICIPA DA SESSO SOLENE
 
17/08/2010
Governador Pessuti fala aos prudentopolitanos durante a sessão, anunciando novas obras a Prudentópolis
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 Dentro das comemorações alusivas ao aniversário de 104 anos de emancipação político-administrativa do Município de Prudentópolis, comemorado em 12 de agosto, a Câmara Municipal de Prudentópolis realizou Sessão Solene  para homenagear a data. O evento contou com a participação de inúmeras autoridades locais, regionais e estaduais. O destaque foi a presença do Governador do Estado do Paraná, Orlando Pessuti, e a primeira-dama Regina, acompanhado dos secretários de Estado do Desenvolvimento Urbano, da Casa Civil, e da Casa Militar. Também se fizeram presentes o prefeito Gilvan Agibert, o vice Adelmo Klosowski, Vereadores, Secretários Municipais, representantes de diversas entidades locais e regionais. O Presidente Canderoi Mainardes Filho abriu os trabalhos e destacou da importância dessa homenagem ao Município de Prudentópolis, o qual vive momentos especiais em sua história, com inúmeras obras, transformações em vários setores, progresso e crescimento de seu povo. Em seu pronunciamento, o presidente do Legislativo Municipal enalteceu a solenidade com a presença ilustre do governador e agradeceu em nome dos Vereadores e da população, a atenção que o Governo do Paraná vem dando ao Município de Prudentópolis, com obras e investimentos de fundamental importância para a transformação da comunidade urbana e rural. Obras como o Centro da Juventude, Clínica da Mulher, Viaturas para Defesa Civil e Polícia Militar, e, agora, o anúncio da estadualização da estrada até Jaciaba, a transformação do sistema de cursos universitários da Unicentro, em Campus Avançado, com novos cursos sendo oferecidos; e a instalação de uma companhia da Polícia Militar, substituindo o atual Pelotão, aumentando o número de policiais e viaturas, dentre outras obras importantes. O governador, em seu pronunciamento, enalteceu a importância no Município de Prudentópolis no cenário regional e sua satisfação em estar participando nesta festividade dos 104 anos. Pessuti destacou que os investimentos governamentais em diversos setores da comunidade prudentopolitana, são uma forma de se propiciar novos benefícios e melhorias à população da cidade e interior. E citou como um dos meios de desenvolvimento da região como um todo, a estadualização da estrada até Jaciaba, que permitirá um elo de ligação a mais com todas as regiões norte e sul do Estado, o que vai melhorar a economia e o desenvolvimento de várias comunidades instaladas ao longo do trecho. Nesta solenidade, foi feita uma homenagem a Prudentópolis, a qual foi apresentada pelo Assessor de Imprensa da Câmara Municipal, Marcelo Colman, que consta na seqüência:

. Nosso município, ao longo de sua centenária existência, teve uma transformação significativa. Em muitos setores, como agrícola, comercial e industrial,  observamos, nesse século, muitas inovações e introduções em nosso meio. Primeiro, a vinda de 1500 famílias de ucranianos da região da Galícia, chegaram para desbravar este chão, em 1896, mantendo, por longos anos, um ritmo próprio de vida, junto ao povo que aqui já vivia, oriundos de caboclos e bandeirantes paulistas. Depois, na década de 20, tivemos uma epopéia com o ciclo da erva-mate, que tornou Prudentópolis a terra do ouro verde, com muita riqueza e progresso, até a conseqüente quebra geral do setor e uma estagnação total. Mais tarde, tivemos a  vinda de uma nova leva de, imigrantes, desta vez,  brasileiros, que para aqui vieram, em busca de conforto, de qualidade de vida, de amizade, de futuro, de novos horizontes, de alternativas de renda e de realização de sonhos. A nossa terra, detentora de muitas denominações, como a capital da fé, da oração, das cachoeiras gigantes, do mel, da erva-mate, do feijão preto, da cracóvia, do povo pacato e ordeiro, trouxe para cá, muita gente de fora. A primeira leva significativa, dessa nova imigração brasileira, sulista, envolveu principalmente  riograndenses, catarinenses e paranaenses do oeste e sudoeste. Aconteceu em meados de 1970, quando, de repente, os tratores de esteiras chegaram e rasgaram estas matas nativas, capoeiras, provocando uma verdadeira revolução dentre os nossos colonos, alguns admirados, outros assustados com o ronco e o estrago que estas máquinas e seus operadores destemidos promoviam nas matas quase que intactas. Em seguida, vinham os tratores de pneus com gradões, pés de patos, aradões, niveladoras, semeadeiras, pulverizadores, e por fim as colheitadeiras. Plantando novos cereais, como soja principalmente, que por aqui muito pouco tinham ouvido falar ou conheciam. Podendo ser igualada como a febre do ouro, que ocorreu em muitos rincões desse Brasil e do mundo, a febre do soja mudou o cenário prudentopolitano, da cidade e do interior, radicalmente. Gente com sotaque diferente, meio italiano meio alemão, com hábitos e costumes novos, criando seus porcos em chiqueirões, ao invés de soltos no faxinal; vacas de raças diferentes, tratadas na pastagem de aveia e na silagem, ao invés de andarem pastando nos campos nativos; um sistema de produção intensivo, com calcário, máquinas colhedeiras gigantes, ou ceifas, como eram conhecidas; enfim, aquele cenário tranqüilo e calmo que se tinha ao longo do século, sem pressa de se chegar ao futuro, mantendo-se os costumes seculares de roçar e queimar a capoeira, plantar no toco, colher a muque, guardar a safra no paiol, foi mudado do dia para noite, como um raio que partiu um pinheiro. As motosserras roncavam como nunca, abrindo novos lotes de terras para destocas, cortando  pinheiro, cedro, imbuia, canela, monjoleiro e outras. Cercas iam surgindo como cipós de trepadeiras, para cercar os pastos e lavouras. E assim como amizades, casamentos e miscigenação de raças, também os atritos iam se verificando entre vizinhos, pelo choque de costumes e usos. Mas como o tempo velho é o pai da razão, tudo foi se acomodando e se ajeitando. Na cidade, também vieram os empreendedores que se atraíram pela febre do soja. Um convidava o amigo, outro trazia o filho, o genro, o sogro, o avô, enfim, uns a família toda, e o famoso Prudentópolis ia se avolumando. Dos aproximadamente 34 mil habitantes em 1970, saltamos para quase 40 mil em 1980, mais de 47 mil em 1990. Mas esse número  se estagnou praticamente, devendo chegar no censo atual, na faixa de 50 mil habitantes. Essa transformação repentina, trouxe, além dos novos habitantes, seus costumes, maquinários, transformação do cenário do campo, inúmeras necessidades e exigências acopladas. Como  tinham máquinas, caminhões e veículos chegando ao interior, precisavam mais estradas e em boas condições de tráfego, exigindo o cascalho, a ponte, o bueiro. O médico, o enfermeiro, o atendimento; o professor, a escola, o transporte escolar; enfim, uma coisa puxou a outra. Em meados de 1985, uma nova transformação se verifica, vertiginosa, empolgante, milagrosa, a luz elétrica chega ao interior. E assim, a TV, a geladeira, o freezer, a luz elétrica, os motores, o conforto ao homem do campo e a possibilidade de novas tecnologias e informações chegaram e geraram divisas ao campo, ao comércio. O ginásio e segundo grau também começaram a alcançar comunidades do interior, deixando nossas crianças e jovens com melhor alfabetização. Na cidade, atividades novas como o ramo da cerâmica vermelha começou a brotar em vários pontos, deixando nossa terra procurada pelos compradores de tijolos. O costume do chimarrão, muito consumido pelos imigrantes ucranianos, aumentou com os imigrantes gaúchos, catarinas e do oeste paranaense, reviveu e incrementou novamente a cultura da  erva-mate, que projetou Prudentópolis como um dos maiores produtores na década de 20, seguida de uma grande quebra. Essa reintrodução do consumo e do hábito, propiciou o surgimento de indústrias de beneficiamento. A tradição de explorar a bovinocultura de leite, trouxe muitas inovações e laticínios que vem aqui comprar a produção. As regiões que foram abertas e não aprovaram para lavouras de soja, milho, feijão, trigo no sistema mecanizado, passaram a grandes áreas de pastagens, projetando Prudentópolis como grande centro de pecuária de corte, com grandes fazendas. Novamente, a partir de 1980, o campo teve outro alvoroço, com a expansão rápida da fumicultura, que surgiu como novo alento para renda à pequena propriedade, mas também com suas conseqüências, geradas pelo uso indevido dos agrotóxicos e do corte de matas para o uso como lenha. Em cada reduto do interior, se via, a cada semana, uma nova estufa de fumo erguida e lavouras plantadas. Nesse ínterim, o comércio ia se expandindo, com lojas de materiais de construção, de eletrodomésticos, de confecções, de gêneros alimentícios e de tudo que se possa imaginar, se instalando. A cidade, expandindo suas redes de água, esgotos e luz elétrica, com loteamentos e núcleos habitacionais surgindo nos arredores. O Município, porém, não teve o mesmo acompanhamento desse crescimento, com recursos praticamente limitados e inferiores aos exigidos pela rápida expansão. Sempre, a prefeitura caminhando e correndo atrás das necessidades, com poucas exceções chegando à frente de um problema, aliado a falta do planejamento, que agora busca se corrigir, com a implantação do Plano Diretor Municipal.  A expansão rápida e desordenada, assim como grande parte de municípios brasileiros, traz suas conseqüências danosas, deixando seus munícipes sempre dependendo de alguma coisa, ou sofrendo com a falta de algo. Após essa  época de transformação brusca, as coisas foram se acomodando. E assim como a oscilação do mundo globalizado atingiu muitos locais, aqui não foi diferente. O suíno, o leite, o soja, o feijão, o fumo, o trigo, o tijolo, a erva-mate, o morango, o maracujá, o cabrito, enfim, todos os produtos primários tiveram seus altos e baixos, quebrando muita gente, enriquecendo outros, endividando outros, numa verdadeira montanha russa, que é normal em tudo que é setor. Mas, justamente por se caracterizar em centro produtor primário, é que o principal ponto se verificou: a falta de perspectiva melhor a nossos jovens, face a inexistência de um setor industrial e comercial forte, constante, que ofereça muitas oportunidades de trabalho, de progressão, de crescimento, de futuro sólido e confortável. Basta se ver pelo último indicativo do censo que, nossa população praticamente estagnou em uma década, com uma renda per capita e índice de desenvolvimento humano baixos, fazendo com que os grandes latifúndios proliferem, que multinacionais tornem-se grandes produtoras de lavouras de reflorestamento de pinus e eucalipto, que municípios do norte e centro do estado, inseridos dentro de nossa bacia hidrográfica, façam das áreas de matas nativas e ciliares daqui, suas reservas florestais lá, as quais foram devastadas, podendo transformar, dessa forma, Prudentópolis no município verde do Paraná. Ontem, na cerimônia de entrega de certificados de reservista do Serviço Militar, centenas de jovens de 18 anos estavam recebendo seu documento, e muitos, já preparando as malas para seguirem  viagem a outros centros, como Curitiba para trabalharem como garçons, ou Santa Catarina, para colheita da maçã; agora pouco, na concentração cívica ali da praça, centenas de alunos de várias idades, cantando pelo aniversário de seu município, imaginavam como será seu amanhã; nós aqui neste plenário deste poder legislativo, homenageando seus ilustres cidadãos que se foram e dando os parabéns ao nosso município, temos que  refletir e agir, para nosso amanhã. Alternativas ao nosso homem do campo, com novas culturas e atividades que possam lhe traduzir um meio de sustento a si e seus filhos, saindo basicamente do plantio do fumo, milho, feijão, leite e soja. Culturas alternativas e rentáveis, como frutíferas, ervas medicinais, horticultura, madeira, enfim,  muito pode ser introduzido no meio rural, como meio de fazer nossa gente produzir e gerar rendas. Aproveitar nossas belezas naturais e étnicas, investindo pesado no turismo rural, de aventura, gastronômico, folclórico, religioso e natural, como uma grande indústria, do turismo, considerada hoje uma das maiores economias do mundo e geradora de grande número de empregos. Aperfeiçoar nosso ramo ceramista, oferecendo nossa cerâmica vermelha com certificação, qualidade, e renome, ampliando ainda mais as ações que são feitas pelos empresários. Promover a vinda de agroindústrias e fomentar empreendimentos locais, beneficiando aqui mesmo nossa produção de cereais e outros produtos primários, gerando empregos diretos, propiciando comércio da produção ao agricultor com preços justos, garantindo que o que ele produzir, haverá compra e preço justo. Condições de acesso adequadas ao interior,  escolas, saúde, lazer, emprego, enfim, o sonho de todo cidadão, morar dignamente, ter seu próprio sustento que seja adequado, seu emprego, sua assistência médica, sua cidade justa e ordeira, aconchegante e promissora.  Se todos fizermos nossa parte, conscientemente, com pensamento no futuro e no contexto como um todo, não apenas individual e interesseiro, teremos condições de manter nossos filhos aqui, com dignidade, futuro e estrutura. Nossa terra é rica pela sua existência, pelo que oferece, pelo que pode gerar e produzir. Basta que todos trabalhemos adequadamente, na busca de soluções aqui mesmo, num verdadeiro espírito de luta sadia e otimismo. Sabemos que a tarefa não é nada fácil, há muito que ser feito para que possamos estruturar nosso município para comportar a todos nós da forma adequada que queremos. Teremos que desenvolver programas e ações voltadas ao bem comum de todos, com metas que realmente concretizem soluções práticas. A questão do emprego, da formação profissional, do curso técnico, da sala de aula, do incentivo ao esporte, do lazer e da cultura e de muitos outros objetivos que nossos jovens pretendem realizar. Nós queremos, nós podemos, juntos nós conseguiremos fazer, por você, nossa querida Prudentópolis.

 
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Governador Pessuti fala aos prudentopolitanos durante a sesso, anunciando novas obras a Prudentpolis Autoridades participantes da Sesso Solene em 12 de agosto
 
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