Uma antiga reivindicação dos deficientes visuais, foi atendida pela Prefeitura Municipal de Prudentópolis, a aquisição de uma impressora em braille para atender aos alunos que freqüentam o Centro de Atendimento Educacional para Deficientes Visuais - CAEDV. A entrega do equipamento aconteceu em solenidade realizada na sede da Escola Municipal Benedito José Pinto, no Bairro Pousinhos, dia 17. Participaram do ato, o Prefeito Municipal, Gilvan Agibert; o Presidente da Câmara Municipal, Vereador Canderoi Mainardes Filho; o Vereador Luciano Marcos Antonio; o Secretário Municipal da Educação, Leopoldo Volanin; a Diretora da Escola Municipal, Elizete Preslak Bortolozzo; professores, funcionários e alunos do centro. O objetivo é melhorar a qualidade de ensino e o acesso à literatura para alunos com deficiência visual atendidos pela entidade, que agora poderão ter acesso ao conhecimento, facilitado pela impressora no método em Braille. Segundo a coordenadora do Programa de Inclusão, da Secretaria Municipal de Educação, Priscila Salanti, o equipamento vai tornar mais rápida a conversão de textos para o Braille, sistema de escrita utilizada para cegos. Anteriormente, pelo sistema manual, um texto poderia  levar o dia todo para ser convertido, tomando muito tempo, exigindo grande esforço físico, gerando muitas dores nos pulsos dos alunos, pela repetição de movimentos. Agora, o texto pode ficar pronto em alguns minutos, além de haver ainda a possibilidade de serem feitas pesquisas e impressão de trabalhos educativos e de orientação aos deficientes. O novo equipamento vai beneficiar diretamente quase 30 alunos que atualmente são atendidos pelo CAEDV, o qual funciona na sede da escola.  O pedido para esse investimento, de parte da comunidade com deficiência visual, vinha sendo feito há alguns anos. O Vereador Canderoi Mainardes Filho havia encaminhado solicitação nesse sentido ainda em 2009 à administração municipal e também ao Deputado Federal Angelo Vanhoni, durante visita sua à cidade. No Encontro Regional de Deficientes Visuais, realizado em nossa cidade, a questão também foi reivindicada pela classe. Agora, o investimento foi realizado pela municipalidade e deve se traduzir em grande benefício no enriquecimento educacional e cultural dos alunos e da comunidade. Na solenidade de entrega, o aluno Ismael fez a leitura de uma mensagem de agradecimento aos presentes, já utilizando material da impressora em Braille. Na sessão legislativa da Câmara, o aluno Paulo Hudema, deficiente visual, acompanhando das professoras Nilcéia e Adriana, explanou sobre as dificuldades encontradas pelos deficientes visuais na cidade, das atividades desenvolvidas por eles e da importância dos ensinamentos repassados no centro de atendimento, reforçados agora com a entrega da impressora.
        O processo de escrita e leitura pelo  Sistema Braille está baseado em 64 símbolos em relevo, oriundos  da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Ele é representado na forma de letras, ou como algarismos e sinais de pontuação. Sua utilização é feita por pessoas cegas ou com baixa visão, com a leitura acontecendo da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo. Essa codificação foi desenvolvida pelo francês Louis Braille (1809 - 1852). Ele perdeu a visão na infância, aos 3 anos e, aos 16, após muito esforço, conseguiu criar esse método. Ele teve o olho perfurado por uma ferramenta na oficina do pai, que trabalhava com couro. Depois do acidente, sofreu uma infecção grave, o que provocou a cegueira nos dois olhos. O Brasil passou a utilizar o sistema a partir de 1854, quando inaugurou o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, chamado, na época, de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Ele foi fundado por D. Pedro II, e sua missão era a educação e profissionalização das pessoas com deficiência visual